Redação com Agência Brasil
O técnico da seleção masculina de futebol, Tite, disse na segunda feira (3) que não “vai julgar” Neymar e classificou o jogador de “tecnicamente imprescindível”. Tite concedeu uma entrevista à imprensa, em que grande parte do tempo foi dedicada à suspeita de estupro contra o camisa 10 da seleção, que também é investigado pela suposta divulgação de fotos íntimas da mulher que registrou o boletim de ocorrência.
“Eu não vou me permitir julgar os fatos”, disse o técnico da seleção, que afirmou que tratou do assunto com Neymar em uma conversa particular. “Ele é um extraordinário jogador. Outras situações eu não vou me permitir julgar. Existem outros fóruns e existe tempo. Duas coisas que eu não cometo erro: tempo e prejulgar nada. Isso eu não faço.”
A mulher que acusa Neymar registrou o boletim de ocorrência em São Paulo, onde o caso está sendo investigado em sigilo. O atleta afirma que está sendo vítima de extorsão. Ele divulgou um vídeo em sua conta no Instagram no qual aparecem conversas e fotos da mulher, o que levou a Polícia Civil do Rio de Janeiro a abrir uma nova investigação pela divulgação das imagens. O vídeo já foi apagado pelo jogador. Entretanto, em sua conta do Twitter, o jogador afirma estar sendo obrigado a expor sua vida e de sua família “por motivo de extorsão”.
Em nota, a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) informou que “está apurando a suposta divulgação de vídeo por parte do jogador Neymar”. A investigação está sob sigilo.
Imprescindível
O técnico da seleção disse na entrevista que, tecnicamente, Neymar é imprescindível para a seleção. Em uma resposta posterior, no entanto, ele ponderou que isso não significa que ele seja insubstituível. “Em um grupo, não vou prescindir de um atleta da capacidade do Neymar, mas insubstituível ninguém é, em lugar nenhum e em qualquer que seja o posto.”
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) disponibilizou uma assessoria jurídica para acompanhar o jogador e a comissão técnica, e, segundo o coordenador de Seleções, Edu Gaspar, a orientação é tentar lidar com o caso o mais rapidamente possível.
“A sugestão que me enviaram é para ele estar o mais disponível possível para atender a qualquer demanda [da Justiça]. Estar à disposição 100% para que essa situação seja resolvida”, disse Gaspar, que contou que um delegado esteve na Granja Comary no sábado (1º) de manhã para tratar do caso. “A ideia seria essa assassoria jurídica estar aqui para resolver da melhor maneira possível e o mais breve possível, para que o atleta possa estar à disposição, com a cabeça tranquila para seguir dentro da Copa América”.
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Edição: Denise Griesinger Foto – Lucas Figueiredo/CBF
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