Redação com SMCS
A Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional fará a partir desta quarta-feira (10/7) uma readequação dos preços dos cinco restaurantes populares de Curitiba, passando de R$ 2,80 para R$ 3. O motivo é a falta de moedas para dar troco aos usuários do restaurantes.
Com a readequação, foi possível criar o Voucher Social, que vai ofertar 313 refeições para população de extrema pobreza e em situação de rua.
A readequação de preço foi necessária porque o valor quebrado criava filas na hora do pagamento, desestimulando usuários do programa pela demora no troco”, disse o secretário municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, Luiz Gusi.
Ele acrescentou que, por causa desse problema, muitos usuários sugeriram que fosse majorado o preço em vinte centavos. Gusi explica que, com esse excedente, foi acelerado um projeto da secretaria com a Fundação de Ação Social (FAS), para ofertar refeições para os mais carentes.
Troco
Mesmo buscando diariamente troco nos bancos, os cincos Restaurantes Populares também foram impactados pela falta de um terço das moedas, que tem atingindo o comércio em todo o Brasil. Segundo o Banco Central, 30% dos R$ 7 bilhões emitidos em moedas ficam em cofres ou nas gavetas da população.
A falta de moeda refletiu diretamente na quantidade de pratos servidos nos restaurantes e na eficácia do atendimento. Cerca 19 mil refeições não foram vendidas entre maio e julho. “Como o horário do almoço é curto, algumas pessoas deixaram de ir ao restaurante e outras agiram de forma agressiva com os atendentes, deixando tenso quem trabalhava nos caixas”, disse Gusi.
Apesar da readequação de preço, o município continua arcando com 57% do custo da refeição oferecida, anualmente, a 1,1 milhão de curitibanos.
Atualmente o custo do preparo da alimentação é R$ 7 e o município subsidia a R$ 4 para garantir uma alimentação saudável para os moradores da capital que frequentam as unidades Matriz, Sítio Cercado, CIC/Fazendinha, Pinheirinho e Capanema.
Anualmente, a Prefeitura desembolsa cerca de R$ 4,9 milhões para custear a diferença entre o que a população paga e o custo real das refeições.
Cardápio balanceado
Diariamente, os cinco restaurantes populares da Prefeitura oferecem 4,7 mil refeições e um cardápio balanceado, com verduras ou legumes, crus ou cozidos, que fornecem fibras, vitaminas e minerais; arroz e feijão para suprir a necessidade de carboidrato; e alternâncias de carnes vermelha, suína, de frango e de peixe para a proteína.
Não há fritura ou enlatados. A carne é sempre assada, cozida ou grelhada. O menu muda todo dia e é formado sempre por seis itens selecionados pelas nutricionistas da secretaria.
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