Saúde capacita mais de 400 médicos e enfermeiros para enfrentar coronavírus

Com SMCS

A Prefeitura de Curitiba reforçou, nesta quinta-feira (30/1), o trabalho de prevenção e controle do coronavírus na cidade. Só a primeira capacitação, realizada pela manhã, no Hospital Municipal do Idoso, no Pinheirinho, reuniu 245 médicos e enfermeiros de 66 equipamentos de saúde das redes pública e privada, além de empresas, da Aeronáutica e de municípios vizinhos.

Saúde capacita mais de 400 médicos e enfermeiros para enfrentar coronavírus. Foto: Divulgação

“A capacitação e a atualização fazem parte do plano de enfrentamento para situações como essa, do coronavírus”, disse a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak.

À tarde, outra capacitação levou mais 160 profissionais de saúde ao auditório do Mercado Municipal, no Centro. A próxima é nesta sexta-feira (31/1), às 14 horas, novamente no Hospital do Idoso.

Secretaria da Saúde esclarece dúvidas sobre o novo vírus

Segundo o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Alcides Oliveira, a capacitação traz tranquilidade à população sobre a doença. “As equipes estarão mais qualificadas para o acolhimento e a assistência de pacientes contaminados. Os médicos e enfermeiros estão na porta de entrada dos serviços de saúde”, justificou.

O procedimento de comunicação de um caso suspeito à secretaria foi muito enfatizado na capacitação. “Nós precisamos ter agilidade”, afirmou Oliveira. Para Caroline Karsten dos Santos, gerente de processos de enfermagem do Hospital Evangélico Mackenzie, as orientações foram esclarecedoras e vão dar segurança às equipes.

Cuidados

Os profissionais também receberam instruções para se prevenirem da doença e evitarem a transmissão. “Os equipamentos de proteção individuais, os EPIs, são fundamentais”, alertou a coordenadora da Vigilância Sanitária da SMS, Andréa Bileski. “Máscara cirúrgica, avental e luvas no primeiro atendimento e máscara ‘bico de pato’ em caso suspeito”, enumerou.

De acordo com Andréa, a máscara ‘bico de pato’ é indicada quando há risco de um aerossol do paciente respingar no profissional de saúde. “Ela oferece uma barreira maior”, explica, “mas não devemos esquecer o álcool gel como o grande aliado para a higienização constante das mãos”.

A médica hematologista Aneliza Fernandes, do Hospital Municipal do Idoso, elogiou a linguagem e a qualidade das informações da capacitação. “Todo mundo entendeu e compreendeu. É prevenção. Nós temos que estar prontos para agir”, observou.

Manejo

A atividade foi encerrada pela médica infectologista Viviane Dias, presidente da Comissão Estadual de Controle de Infecções em Serviços de Saúde do Paraná, que atua nos hospitais particulares Nossa Senhora das Graças e Marcelino Champagnat. Ela orientou sobre o manejo do paciente de coronavírus.

“Primeiro: identificar o paciente numa triagem para tomar medidas de prevenção à transmissão; a partir do atendimento, esclarecer se é diagnostico suspeito ou se há gravidade da doença, em especial, no caso do coronavírus, como uma pneumonia, o que levaria à internação”, pontuou Viviane.

Os sinais comuns da infecção incluem sintomas respiratórios, febre, tosse e dificuldade para respirar. Nos casos mais graves, a infecção pode evoluir para pneumonia, síndrome respiratória aguda grave e até óbito. “Se o paciente não tiver sinais de gravidade que indiquem pneumonia ou insuficiência respiratória, por exemplo, ele vai poder ser acompanhado em casa”, esclareceu a médica.