Escolas e CMEIs reforçam proteção às crianças com maletas de primeiros-socorros

Com SMCS

As escolas e Centros Municipais de Educação Infantis (CMEIs) de Curitiba começaram a receber as maletas de primeiros-socorros previstas na Lei Lucas (Lei Municipal 15.346/2018).

Em julho, as cem unidades com o Programa Leia+ receberam seus kits. Em agosto, as demais receberão os itens de primeiros-socorros (termômetro, soro, bolsa de água fria/quente, gaze, bandagens, entre outros produtos para curativos).

A Escola Municipal CEI Expedicionário, no Novo Mundo, foi uma das primeiras a receber a maleta e preparou uma nova sala para atender estudantes que se machuquem ou tenham algum mal-estar. O local para atender as crianças é arejado e ali ficam guardados todos os itens necessários, explica o diretor Adriano Borecki.

Antes da pandemia, em 2019, foi realizada a formação para 2,4 mil professores, educadores e colaboradores da rede municipal de ensino no curso de Prevenção de Acidentes e Primeiros-Socorros no Ambiente Escolar, ministrado pela equipe da Defesa Civil de Curitiba.

O curso integrou um trabalho interinstitucional entre a Secretaria Municipal da Educação e a Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito.

“A entrega das maletas é uma ação complementar à primeira etapa, que foi o curso. O objetivo é manter as unidades preparadas para socorrer uma criança ou adulto em caso de necessidade”, explica a diretora de Logística da Educação, Maria Cristina Brandalize.

“A formação foi desenvolvida para atender às necessidades das equipes escolares em caso de queimaduras, quedas, lesões ou engasgamento”, completa.

Atendimento às leis

A rede municipal de ensino curitibana está preparada para atender às leis que tornam obrigatória a capacitação em primeiros socorros de professores e funcionários de unidades de ensino.

“Por meio do Conhecer Para Prevenir (CPP), educadores, funcionários e os próprios estudantes recebem formação quanto ao comportamento e às medidas a serem adotadas diante de adversidades, acidentes e desastres, procurando preservar as vidas e minimizar eventuais danos ao meio ambiente e ao patrimônio”, afirma Brandalize.

A história de Lucas

A lei surgiu após a fatalidade que aconteceu com o estudante paulista Lucas Begalli, de 10 anos de idade. Em 2017, ao engasgar com um lanche durante um passeio escolar, Lucas perdeu a vida. O desfecho do acidente poderia ter sido diferente se houvesse alguém capacitado perto do garoto.