Com SMCS
Já está ganhando forma o novo canal em forma de “U” que a Prefeitura de Curitiba está implantando no Rio Vila Formosa, na Rua Aristides Borsato, no bairro Fazendinha, para expandir a capacidade de escoamento da água e evitar alagamentos na região.
Com extensão de 428 metros, a super estrutura de macrodrenagem está sendo instalada entre as ruas João Bettega e Edivino Antônio Deboni. A intervenção faz parte de um pacote de investimento do município, na ordem de R$ 110 milhões, em obras de macrodrenagem nos bairros.
Os trabalhos começaram em fevereiro, a partir do programa Curitiba Contra Cheias, coordenado pela Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop), que reúne investimentos, infraestrutura e ações preventivas para prevenir enchentes e minimizar os impactos das fortes chuvas.
Até o momento mais de 69 metros de canal já foram implantados e a previsão é de que toda a estrutura seja finalizada em setembro, dependendo das condições climáticas.
O investimento de R$ 11,5 milhões, custeado pelo Tesouro Municipal, está sendo direcionado para a implantação da super estrutura de macrodrenagem formada por peças pré-moldadas de concreto.
Cada uma dessas estruturas, pesando cerca de 3.500 kg, está sendo cuidadosamente instalada no leito do rio com o auxílio de caminhões guindastes.
“Até o momento, 126 peças já foram assentadas, formando uma superestrutura robusta que visa facilitar o fluxo eficiente da água ao longo do curso do rio”, diz o secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Araújo Rodrigues.
Sedimentos no rio
De acordo com Rodrigues, além de ampliar a vazão de água, o canal em U vai servir para reduzir significativamente o risco de obstruções e acúmulo de sedimentos no rio.
“Esta abordagem preventiva minimiza os efeitos das enchentes, mas também ajuda a preservar as margens do canal, tornando-o mais estável e durável a longo prazo”, completa o secretário.
Devido à elevação do nível da água do rio, durante os episódios de chuva intensas, a área é muito suscetível a alagamentos, o que preocupava os moradores. A aposentada Maria Eunice de Souza Albino, uma das primeiras moradoras da Rua Aristides Borsato, conta que criou filhos e netos driblando a insegurança de ver o rio extravasar.
“Eu agora comemoro ver esse trabalho que estão fazendo pra tirar a gente do sufoco. Não vai mais dar enchente, estão fazendo tudo muito reforçado que é pra não deixar mais o rio subir”, disse Maria Eunice.
A neta, Maria Letícia de Souza Albino, de 23 anos, operadora de caixa, companheira da avó nas reivindicações pela obra, também está satisfeita com a intervenção. “Foram anos solicitando para a Prefeitura, esperando por isso, mas está valendo a pena. A vó e todos lá em casa acham que vai ficar muito bom”, contou Maria Letícia.