Redação com SMCS
O clima quente e úmido do verão favorece o aparecimento de animais peçonhentos como escorpiões. Saber como conter sua proliferação é útil para evitar acidentes.
Neste ano, a Unidade de Vigilância em Zoonoses da Secretaria Municipal da Saúde recebeu apenas quatro escorpiões para identificação. Ainda assim, a Prefeitura mantém os cuidados e orienta a população em áreas onde se verifica a presença do aracnídeo e esclarece quanto aos cuidados de limpeza de áreas particulares.
A orientação é manter os terrenos limpos e roçados, sem o acúmulo de entulhos ou resíduos vegetais. Equipes da Limpeza Pública da Secretaria Municipal do Meio Ambiente recolhem esse tipo de material. A solicitação para a coleta deve ser feita na Central 156.
“Nas cidades, umas das principais fontes de alimento dos escorpiões são as baratas. Então é preciso evitar acúmulo de lixo para não atrair esse animais”, explica o biólogo da Unidade de Vigilância em Zoonoses Diogo Ferraz.
Para dificultar o acesso dos escorpiões aos imóveis, a dica é vedar soleiras de portas, colocar telas em ralos e manter a caixa de gordura bem fechada.
O uso de pesticidas e produtos de limpeza domésticos não é efetivo para matar escorpiões e nem recomendado pelo Ministério da Saúde.
Em caso de acidentes
Ao encontrar um escorpião, a orientação é contatar a Unidade de Vigilância em Zoonoses, também pelo telefone 156 da Prefeitura.
Em caso de acidente, a indicação é buscar atendimento médico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas. Lá, o médico poderá avaliar o caso e se há necessidade de ministrar soro específico.
“Em Curitiba, a maior parte dos casos registrados é da espécie Titus bahiensis, que pode causar lesões leves e moderadas. Mas todo caso merece atenção”, destaca Ferraz. “Se for possível, tente capturar e levar o animal ou uma foto dele quando for procurar o atendimento médico, para que o profissional faça a correta identificação da espécie e defina o tratamento com maior precisão.”
Também é possível ter orientações pelo 0800 410 148, telefone do Centro de Controle de Envenenamento, da Secretaria de Estado da Saúde.
Como evitar o contato e a proliferação de escorpiões no meio urbano
– Colocar telas em ralos e vedar vãos e frestas.
– Manter a caixa de gordura limpa e bem fechada.
– Vedar soleiras de portas.
– Manter casa e jardins limpos, sem entulhos.
– Não colocar a mão diretamente em buracos no solo, sob pedras, troncos podres ou pedaços de madeira, tijolos e telhas empilhadas.
– No jardim, evitar folhagens densas junto às casas e manter a grama aparada.
– Manter as residências livres de insetos e principalmente de baratas, um dos principais alimentos dos escorpiões nos centros urbanos.
– Manejar corretamente o lixo doméstico para que não atraia baratas.
– Verificar calçados, roupas, toalha e roupas de cama antes de usar.
– Manter camas e berços afastados, no mínimo, 10 cm da parede.
– Evitar que lençóis toquem no chão.
– Retirar de paredes e muros plantas ornamentais densas, arbustos e trepadeiras.
– Evitar a prática de queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os escorpiões, entre outros animais.
– Preservar os inimigos naturais dos escorpiões, especialmente aves de hábitos noturnos (corujas, joão-bobo), lagartos, sapos.
Como proceder caso encontre o animal
– Entrar em contato com a Unidade de Vigilâncias em Zoonoses pelo telefone 156 da Prefeitura.
Como proceder em caso de acidentes
– Lavar o local da picada com água e sabão, se isso não atrasar a busca por auxílio médico.
– Procurar auxílio médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e, se possível, levar o animal para identificação num pote vidro (se puder capturá-lo com segurança, com uso de luvas, calça comprida, camisa de manga comprida e sapatos fechados).
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