Com SMCS
A Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) está construindo mais um conjunto Cohab Solar. O empreendimento Moradias Vila Nina, localizado no bairro Fazendinha, abrigará 23 famílias que vivem em situação de risco na região.
O projeto conta com a instalação de painéis fotovoltaicos, que transformam radiação solar em energia elétrica para uso doméstico. A obra compreende também a implantação de infraestrutura como serviços de drenagem, pavimentação, terraplenagem, redes de água e esgoto, iluminação pública e recuperação ambiental.
“Além de habitação segura e regularização, os moradores terão os painéis solares em suas casas, fruto do compromisso que essa gestão tem mantido em expandir o Cohab Solar. Há, então, a garantia de economia dos moradores nas contas de energia e do cuidado com o meio ambiente”, destaca o presidente da Cohab, José Lupion Neto.
Histórico
O projeto de urbanização e regularização fundiária da Vila Nina foi paralisado por gestões anteriores. Naquela ocasião, a Cohab cadastrou 80 famílias na ocupação, das quais 50 em local impróprio para habitação.
Deste total, foram realizados 27 reassentamentos, contudo as obras foram paralisadas em 2012. A obra só foi retomada na gestão Rafael Greca, que empregou recursos municipais para concluir o projeto.
Como o contrato com o governo federal havia sido cancelado, houve a necessidade de um investimento municipal na ordem de R$ 3 milhões para finalizar o empreendimento. Com as obras avançando em ritmo acelerado, as casas serão entregues em duas etapas – a primeira prevista para agosto.
Expectativa
O serralheiro Neuri Francisco de Oliveira, 48 anos, está ansioso para receber a casa nova. “Aqui a gente vive em uma situação muito difícil, o teto já está caindo e eu não tenho condições para fazer uma reforma. Fico feliz que agora terei um lugar digno, em que vamos até receber correspondência por ter um endereço, isso é muito bom”, afirma Neuri.
Para trabalhar como serralheiro, ele construiu uma pequena oficina dentro do terreno e tem imaginado como será ter os painéis fotovoltaicos instalados na nova casa.
“Vai ser de grande ajuda para mim esses painéis solares. Trabalhando com serralheria as contas de luz sempre vem muito caras aqui em casa, poder economizar nisso vai ser um alívio”, ressalta Neuri.
O repositor Robélio Lima dos Santos, 42 anos, mora na vila com a esposa e a filha. O lugar onde vivem fica próximo ao rio, junto a outras duas casas em situação de risco. Segundo ele, o lugar alaga sempre que chove mais forte.
“De tanto alagar, as madeiras do chão apodreceram e o piso está cedendo. O teto é cheio de goteiras, enfrentamos dificuldade com infestação de ratos. Os problemas são muitos. Nossa ansiedade em receber a nova casa é muito grande”, relatou o morador, bastante emocionado.
A primeira etapa da obra vai contemplar a entrega de 11 casas. A segunda fase da obra, que abrange as outras 12 moradias, tem previsão de entrega até o final de fevereiro de 2022.
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