Prefeitura estuda concessão de auxílio-moradia a desabrigados na Caximba

Redação com SMCS

A Prefeitura intensificou, nesta segunda-feira (3/6), o atendimento às famílias que tiveram casas alagadas no bairro Caximba, na Regional Tatuquara, com as fortes chuvas dos últimos dias. Em ação conjunta, equipes da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), Fundação de Ação Social (FAS), Defesa Civil e da Administração Regional do Tatuquara atenderam às situações mais críticas. A partir de avaliação dos casos, famílias com casas comprometidas poderão receber auxílio-moradia ou aluguel social.

“O Projeto Bairro Novo da Caximba está em curso para transformar a realidade dessa comunidade. Mas o momento é de emergência e as famílias em extrema vulnerabilidade social não podem ficar desamparadas. Por isso, as equipes da prefeitura estão diariamente prestando atendimento aos moradores, em especial após as fortes chuvas dos últimos dias”, disse o prefeito Rafael Greca.

Na vistoria, técnicas da Cohab cadastraram os moradores em condição de maior vulnerabilidade. Em alguns casos só foi possível chegar à moradia com ajuda do bote da Defesa Civil, devido ao nível elevado da água. Foram coletados dados socioeconômicos das famílias atingidas que serão cruzados com as informações do cadastro da área de referência do Projeto Bairro Novo da Caximba.

“Vamos estudar caso a caso a forma de atender as famílias em situação mais crítica, inclusive com o pagamento de auxílio-moradia para aquelas que tiveram suas casas comprometidas”, afirma o presidente da Cohab José Lupion Neto.
Já no fim de semana, a Prefeitura abrigou 16 moradores da Vila 29 de Outubro, na Escola Municipal Joana Raksa, na Caximba. “O trabalho vai continuar até quando for necessário”, afirmou o administrador regional do Tatuquara, Jadir de Lima.

Acolhimento

Nesta segunda, 46 famílias da Vila 29 de Outubro e do Moradias Gaivotas receberam cestas básicas, colchões, cobertores e água em ação conjunta da Administração Regional, Fundação de Ação Social (FAS), Secretaria da Saúde e Companhia de Habitação Popular (Cohab) de Curitiba.

Todas são previamente cadastradas pelas equipes da FAS. As famílias estão sendo atendidas também no Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Caximba. O trabalho de identificação dos atingidos será mantido durante toda a semana no bairro, até que todos recebam os materiais que precisam para retomar a rotina, segundo explica o presidente da FAS, Thiago Ferro, que acompanhou a ação e conversou com os moradores. “Precisamos garantir a dignidade de todas essas pessoas e, neste momento emergencial, isso acontece com a oferta de alimentos, colchões, cobertores e água”, disse.

Assistência

Kellen Karina Negreiro, 27 anos, recebeu uma cesta básica, cinco litros de água, quatro colchões e cobertores. Com o marido, Fernando, 25, e a filha, Ághata, 3, ela precisou deixar a casa na noite de sexta-feira, depois de a água invadir a pequena casa onde mora, na Vila 29 de Outubro. “Essa ajuda é muito importante neste momento”, disse ela, enquanto o marido arrumava parte do telhado arrancado pelo vento.

Mãe de quatro crianças, Bianca Teixeira, 26 anos, também recebeu alimento, água, colchões e cobertores. “Tudo o que ficava na parte baixa, eu perdi, até o colchão do meu filho que dorme no chão”, contou ela. Com os filhos com vômito, Bianca e as crianças seriam transportados pela Prefeitura até a unidade de saúde.

De quinta-feira (30/5) até esta segunda, a FAS atendeu 258 famílias que tiveram as casas alagadas ou destelhadas pelo temporal. Todas receberam colchões, cobertores, cestas básicas, água e lonas. A partir do atendimento emergencial, as famílias poderão solicitar ainda roupas e móveis, repassados pelo Disque Solidariedade.

Projeto

A Vila 29 de Outubro é foco do Projeto Gestão de Risco Climático Bairro Novo da Caximba, que prevê a construção de 1.147 novas unidades habitacionais para o reassentamento de famílias que vivem em áreas impróprias para habitação.

Na semana passada, a Prefeitura conseguiu a liberação de € 38,1 milhões (US$ 41 milhões ou R$ 164 milhões), por parte da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), do governo federal, para a execução do projeto que envolve a relocação de famílias de áreas de risco, implantação de um dique para a contenção de cheias, reestruturação urbana e a construção de um parque linear. A contrapartida da Prefeitura para este projeto é de € 9,5 milhões (US$ 10,2 milhões ou R$ 41 milhões).