Greca dá aula sobre a história do Paraná na Assembleia Legislativa

Com SMCS

Uma aula sobre a história do Paraná, detalhando os acontecimentos históricos que forjaram a nossa gente e definiram o território paranaense marcou a sessão desta terça-feira (29/8) da Assembleia Legislativa.

O convidado especial era o prefeito Rafael Greca, que atendeu chamado da deputada Márcia Huçulak para falar sobre os 170 anos da Emancipação Política do Paraná, data comemorada hoje e que marca a entrada em vigor da Lei Imperial nº 704 de 29 de agosto de 1853, que desanexou os territórios do Paraná de São Paulo.

Trouxemos o prefeito Rafael Greca para falar sobre a nossa identidade, das nossas tradições e costumes, daquilo nos identifica e nos define como paranaenses”, disse a deputada Márcia Huçulak.

Livro Paranismo

O prefeito entregou exemplares do livro Paranismo, lançado como parte das comemorações dos 330 anos de Curitiba. De autoria do professor e crítico de arte carioca José Roberto Teixeira Leite, a obra é a mais completa sobre o movimento cultural surgido no começo do século 20 para valorizar as raízes do Paraná.

“Entrego este livro para que o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano, envie para a Biblioteca Pública do Paraná, para que lá ele possa inspirar e instruir diferentes pessoas sobre a história da nossa gente e a formação do Paraná”, disse.

História para os curitibinhas

O prefeito cumprimentou todos os deputados, além dos estudantes do 7º ano do Instituto de Educação do Paraná Erasmo Pilotto que estavam nas galerias. Depois da explanação, tirou fotos com os parlamentares e estudantes.

“Saúdo os curitibinhas que vieram trazer seu sorriso e inteligência para a festa dos 170 anos do Paraná e que venham mais vezes visitar o Centro Cívico e também o Museu Paranaense e aprender mais sobre a história do Estado”, recomendou Greca.

Minas de Paranaguá

O prefeito iniciou sua explanação citando que o povoamento do Paraná, que remonta aos idos de 1648 com a fundação da Capela de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá, começou ainda antes, como atesta o mapa das minas de Paranaguá e de Curitiba datado de 1654.

“O precioso documento pintado sobre pergaminho pertence ao acervo da Torre do Tombo de Lisboa. No ano 2000, em ato no Palácio Real D’Ajuda, residência oficial dos presidentes de Portugal, tivemos o prazer, Margarita e eu, de ver este documento pela cortesia fidalga do nosso amigo presidente Mário Soares, que o mostrou a nós, à dona Ruth e ao presidente Fernando Henrique Cardoso”, contou Greca.

Vultos históricos como Floriano Bento Vianna, Inácio Lustosa e Francisco Rocha, que dão nome de ruas importantes de Curitiba, brotaram na fala do prefeito, já que eles foram responsáveis por lançar em Paranaguá em 1811 a ideia separatista, devido à preferência do governo de então de beneficiar os paulistas.

Cruz Machado

Embalado pelos acontecimentos que deixaram marcas indeléveis na história do Brasil, como a Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul e Revolução Liberal em São Paulo, sob a liderança do senador mineiro Cruz Machado, se deu a criação do Paraná.

“Foi no dia 29 de agosto de 1853 que, politicamente, o Paraná nasceu. Esta Casa, na ocasião dos 150 anos do Paraná, em 2003, recebeu o documento original autografado por Dom Pedro II, trazido por mim desde o Arquivo Nacional do Rio de Janeiro”, lembrou Greca.

O prefeito também lembrou que o imperador teve papel decisivo na definição de Curitiba como capital ao contrariar Visconde de Nácar, que queria como capital a cidade de Paranaguá, enquanto o Barão de Guarapuava, queria levar o título para cidade que dava seu nome.

“Dom Pedro II contrariou os dois viscondes e apoiou a ideia de Zacarias Góis de Vasconcelos em fixar a capital em Curitiba. Dizem que olhou na parede vistoso mapa com a cartografia e hidrologia da nova província. Olhando os rios, pronunciou o sagrado nome do Paraná. ‘Será Paraná, água grande, caudal, uma grande terra para um grande destino’”, disse o Greca.