Com AEN
Ambientes mais fechados, menos circulação de ar, temperaturas baixas (como a primeira grande onda de frio do Paraná neste final de semana) e maior umidade do ar compõem um cenário propício para a proliferação do vírus da gripe e demais vírus respiratórios. Casos de doenças como gripe, resfriado, sinusites, bronquites, bronquiolite, crises de asma e pneumonias são mais frequentes nessa época do ano. Para evitar o número de casos de infecções por síndromes respiratórias, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça que os cuidados básicos e a vacinação são fortes aliados na proteção da saúde.
Influenza (gripe), Sars-CoV-2 (Covid-19), Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e rinovírus são os vírus que mais circulam atualmente no Paraná. Atitudes simples como lavar as mãos com água e sabão com frequência, não tocar os olhos após contato com superfícies utilizadas por várias pessoas (corrimões, maçanetas, telefone, etc) e evitar permanecer em ambientes sem ventilação e com aglomeração de pessoas auxiliam e são fundamentais na proteção contra os vírus.
Além desses cuidados, a vacinação contra a gripe e Covid-19 para grupos prioritários torna-se um importante escudo na defesa do organismo, contribuindo para a redução das complicações, internações e ainda da mortalidade decorrente das infecções pelo vírus influenza na população. A vacinação também contribui para a redução da circulação viral na população, protegendo especialmente os indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.
Desde o dia 2 de maio a vacina contra a gripe é liberada para todas as pessoas com mais de seis meses de idade. Ela é disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades de saúde dos municípios. Até ao momento o Paraná vacinou 1.659.588 pessoas. Dos grupos prioritários, os povos indígenas vivendo fora das terras indígenas (54,28%) e os idosos (37,27%) foram os que mais se vacinaram.
“O aumento de pessoas imunizadas contribui para menor circulação dos vírus e evita sobrecarga nos serviços de saúde, seja no pronto atendimento, hospitais de pequeno porte, Unidade Básica de Saúde ou na porta dos grandes hospitais. A imunização é nossa principal aliada, por isso quero convocar todos os paranaenses para garantir essa proteção tão importante para a saúde coletiva”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
VIGILÂNCIA SENTINELA – Uma vez por mês, a Sesa, por meio da diretoria de Atenção e Vigilância em Saúde, divulga o boletim de Vigilância da Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O documento atualiza o quadro de casos hospitalizados e óbitos em decorrência das doenças respiratórias. O objetivo é identificar o comportamento dos vírus respiratórios, orientando os órgãos de saúde na tomada de decisão frente à ocorrência de casos graves e surtos.
Desde o início do ano até o dia 11 de maio, das 2.467 amostras coletadas nas Unidades Sentinelas (rede de 34 Serviços de Saúde para atendimento, que estão distribuídas em 22 Regionais de Saúde e 28 municípios no Estado), 976 amostras identificaram o Rinovírus, SARS-CoV-2 e Influenza A H3N2 como os maiores vilões.
Neste mesmo período, foram notificados 7.030 casos de SRAG. Destes, 364 (5,2%) foram confirmados para Influenza, 42 (0,6%) como SRAG por outros agentes etiológicos, 1.214 (17,3%) como SRAG por Covid-19, 1.215 (17,3%) como SRAG por outros vírus respiratórios, 2.670 (38,0%) como SRAG não especificado e 1.525 (21,7%) estão em investigação.
Os sintomas, em geral, são febre alta, calafrios, tosse, dor de cabeça e de garganta, cansaço e dores musculares. A pessoa que apresentar sintomas respiratórios, entre eles a falta de ar, deve procurar uma unidade de saúde imediatamente, já que o tratamento precoce (em até 48 horas) com medicamentos antivirais específicos, ajuda a evitar a evolução para formas graves da doença.
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PNEUMONIA – A pneumonia é uma infecção dos pulmões, causada por algum micro-organismo, geralmente bactérias. Os vírus que causam a gripe podem determinar a diminuição das defesas do corpo e favorecer o desenvolvimento de bactérias, provocando uma infecção local ou das vias respiratórias. A piora do quadro clínico poderá levar o paciente a óbito.
De acordo com dados do Sistema de Informações Hospitalares Descentralizado (SIHD) do Ministério da Saúde (MS), entre janeiro e abril de 2024 foram internadas 8.174 pessoas com pneumonia no Paraná.