Com SMCS

A Prefeitura de Curitiba e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) formalizaram nesta quinta-feira (2/7) a criação da Cátedra Curitiba, pela qual serão oferecidos cursos de extensão de curta duração tendo como conteúdo o planejamento e a prática urbana da capital paranaense.
A parceria entre o município e a universidade foi confirmada em videoconferência com o prefeito Rafael Greca, o reitor da PUCPR, Waldemiro Gremski, professores da universidade e o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Luiz Fernando Jamur, além de técnicos do instituto.
“Curitiba vai criar saber a ser compartilhado. A Cátedra será um instrumento de transformação da identidade curitibana em saber”, afirmou o prefeito.
No dia em o Senado Federal aprova os financiamentos para os projetos do Bairro Novo do Caximba e do novo Inter 2, prenúncio do grande bem que desejamos para o futuro de Curitiba, a PUCPR, dentro do mandamento da Igreja Católica de que suas universidades sejam Lumen gentium – luz de todos os povos – possibilita a criação de uma cátedra Curitiba. Uma graduação pós-universitária que terá por objeto a arquitetura, o urbanismo, a engenharia e as soluções de pesquisa e de planejamento urbano e de cidade inteligente que a nossa cidade representa. A PUCPR entra no Ippuc e o Ippuc entra na PUCPR. Ambas as instituições unidas são a ideia da nossa cidade como farol de saber inovação pro nosso Brasil”, completou Greca.
De acordo com o reitor da PUCPR, Waldemiro Gremski, a Cátedra Curitiba segue a linha de um dos principais projetos estratégicos da universidade que tem a cidade como referência.
“A cátedra será mais um farol para a nossa universidade. Não temos apenas um link científico com a cidade, tanto é que já estamos propondo o primeiro doutorado profissional do país que será sobre cidades inteligentes”, reforçou o reitor da PUCPR.
Segundo Gremski, a PUCPR busca estabelecer conexões com os cidadãos para fortalecer a relação entre a cidade vivida e a cidade planejada. “Como universidade, temos a obrigação de formar e produzir ciência para tornar a vida das pessoas mais produtiva e segura. Queremos ser uma espécie de centro de reflexão e debate sobre a cidade de Curitiba, trazendo para a universidade encontros e seminários. Precisamos pensar a cidade no contexto de uma nova era, como será o pós-pandemia.”
Cidade como estratégia
A disciplina “cidade” é uma entre as cinco áreas estratégicas da PUCPR para as quais a universidade está construindo institutos de pesquisa. O Instituto de Cidades Inteligentes da PUCPR foi inaugurado em novembro de 2019 com a presença do prefeito Rafael Greca. As demais áreas estratégicas da PUCPR são de direitos humanos, tecnologia da informação, saúde e tecnologia e energia.
Na opinião do diretor da Escola de Cidades da PUCPR, Eduardo Augustinho, a instituição da Cátedra vai ao encontro das ações do Instituto de Cidades Inteligentes da universidade. “Estamos aguardando o momento de ter disciplinas que poderão ser ministradas pelo coreto digital, recentemente implantado pela prefeitura”, observou Augustinho.
Desenvolvida em parceria com o Ippuc, a Cátedra Curitiba será coordenada pela Escola de Belas Artes da PUCPR, que unificou as escolas de Arquitetura e Design e Comunicação e Artes da universidade, e também integrada ao Instituto de Cidades Inteligentes da PUCPR.
De acordo com a decana da Escola de Belas Artes, professora Angela Leitão, a Cátedra será trabalhada com teoria e prática, imersão e experiência. Num segundo momento do curso os estudantes farão um percurso técnico de vivência em Curitiba, tendo a cidade como um grande laboratório.
O percurso foi estabelecido a partir de um recorte histórico, que vai da Curitiba da “belle époque”, do modernismo, finalizando na Curitiba contemporânea do Museu do Olho. Serão teorias e vivências em cima dos marcos referenciais da cidade.
Entre os conteúdos estarão a história do planejamento curitibano, que integra uso do solo, sistema viário e sistema de transporte da cidade, e a apresentação dos projetos atuais e contemporâneos desenvolvidos no Ippuc. “A ideia é mostrar que a cidade não parou. A Cátedra vai conseguir demonstrar que Curitiba é viva e a ‘curitibanidade’ é um processo contínuo”, disse Angela Leitão.
Acompanharam o lançamento da Cátedra Curitiba a diretora de Informações Ippuc, Liana Vallicelli, o coordenador do setor Pesquisa e Sistemas de Informação do instituto, Oscar Schmeiske, e a assessora de Relações Externas do Ippuc, Rosane Amélia Popp. E por via remota os professores José Luiz Casela, Eduardo Augustinho, Isabela Melnechucky Cavalcante de Albuquerque, Angela Leitão, André Turbay, Marcos José e Rodrigo Peres Mendes Souza.
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